sexta-feira, 6 de maio de 2011

Esse sou eu---uma poesia antiga minha

Esse sou eu

Esse sou eu
mais uma vez no sofá da sala
sozinho, esperando a tarde acabar
Esse sou eu
mais arrependido
por ter dito coisas sem pensar
por ter feitos coisas que só me levaram a derrota
esse sou eu
mais uma vez desmotivado
sem graça ou com alguma expectativa de vida
apenas um ser vago no mundo
esse sou eu
mais uma vez triste
sem ninguém para ver
sem um amor pra viver
esse sou eu
mais uma vez sonhando alto demais
imaginando o impossível possível
como seria lindo
esse sou eu
mais uma vez alienado
mais uma vez desesperado
por viver, por me aventurar, por ser livre e feliz
esse sou eu
mais uma vez ansioso
querendo ver o futuro chegar
esse sou eu
sempre ajudando os outros
sempre esquecendo de mim
esse sou eu
mais uma vez com a mente muito aberta
para um mundo tão fechado
esse sou eu
sem negar as minhas origens
sem negar meus instintos humanos
esse sou eu
um artista sem plateia
a música que já é velha
esse sou eu
enjoativo, sempre levando desgosto
pra quem eu amo
sempre magoando
a mim e as pessoas
esse sou eu
sempre esperando mais
do que você é capaz
esse sou eu
perdendo a fé
falando de mais
pensando que ouvir você dizer
que vi você fazer
pensando que você iria tentar
mas foi apenas um sonho
esse sou eu
querendo sempre mudar o mundo
querendo que você fosse como eu,
mas eu tenho que entender,
tenho que aceitar
que esse sou eu
e não você
mesmo que eu saiba que seria bom para nós
que cada momento seria melhor
e que nada nos faltaria
espero que você entenda
que esse sou eu
mas uma vez no sofá
sozinho, com você na minha mente
escrevendo poesias, tentado desabafar
com vontade de chorar, sem motivação
sem esperança, com a sensação de que perdi algo
sentindo angustia
esperando por um futuro
para que você saia do meu subconsciente
para que alguem faço isso por mim,
mesmo sem saber
e que ela tome conta de todo meu ser
esse sou eu
esperando por um amor
uma carta que não chegou
agora resta um vazio no meus sentimentos
e esse sou eu!

Caio Filipe Ribeiro

Um comentário:

  1. Esse sou eu a própria contradição humana: cheio de angústias, de alegrias, esperanças e desesperanças. Parabéns pelo texto poético.

    Convido você a visitar meu blog.
    Google: poemas de neusa azevedo

    ResponderExcluir