sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Pessoas

Hoje eu estava no saguão do hotel voltando do jantar,quando ao fundo ouço uma bela melodia de piano e de repente começou a chegar gente pela porta do hotel, pessoas de todos os tipos, magras, gorda, altas, baixas, gente adulta, idosa, criança, gringo, uma muvuca, todos correndo com suas malas para fazer o check in.

Eu continuei a minha rota normalmente, andei uns 10 metros peguei o elevador, mas conforme eu andava no corredor em direção ao meu quarto aquela música me chamava, me convidava a apreciada, me convidava a olhar aquelas pessoas ( A sim esqueci de descrever como é o hotel- ele é como aqueles condomínios chineses que quando você olha para cima é aberto, os corredores circulam o saguão um em cima do outro, quando você olha de baixo a impressão que dá é que o hotel te engole, uma impressão de profundidade incrível pois são vários andares, do corredor você é capaz de olhar o hotel todo) e eu não resisti, fui para a beira do para-peito e fiquei lá assistindo toda aquela cena.

Ai eu comecei a viajar...Tantas pessoas ali correndo, tantas vidas, tantas história, tantos rumos diferentes, conhecimentos, experiências, quanta coisa junta ali naquele saguão, eu fiquei ali observando os sentimentos de cada um, havia uma mulher loira muito bonita que esperava o marido no sofá, e enquanto isso ela brincava com o seu bebê de uma maneira tão carinhosa, tão de mãe, ela dava beijos e abraçava o bebê, no outro canto uma família conversava, eles riam muito, foi então que um deles, o mais novo, subiu para o seu quarto, ai eles pararam com as piadas, imagino que ele deve ser uma pessoal engraçada, mais a frente tinham vários casais, a maioria de meia idade, todos me pareceram muitos normais para chamar a minha atenção, menos uma mulher, ela estava com seu cachorrinho no colo e atrás dela vinha o carregador trazendo muitas malas, muitas mesmo, e a mulher franzina, de pele enrugada, loira com um belo vestido branco resmungava alguma coisa para o homem que aparentemente sofria para carregar o monte de malas da perua !

E eu fiquei ali naquele para-peito, olhando aqueles pessoas, observando seus passos, assim como uma platéia faz numa peça de teatro, assistia um espetáculo chamado cotidiano ! E tudo aquilo me deu uma sensação boa, uma coisa gostosa de sentir, acho que a minha imaginação estava trabalhando a mil por hora, eu fiquei ali imaginando a vida de cada um, até o momento em que minha mãe abriu a porta do quarto e me chamou para entrar, então entrei e resolvi registrar esse acontecimento porque ele me inspirou !

A vida é uma grande peça de teatro, onde cada um é o protagonista da sua história !

(essa foto mostra mais ou menos como é o corredor do hotel, além de ser, digamos, análoga a minha ultima frase).

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